Coluna do Presidente, nº 66
por PH, em 09 de março de 2009

Edição especial, comemorativa aos 2 anos de COLUNA

COLUNA DO ELLITE COMPLETA DOIS ANOS NO AR E TRAZ ENTREVISTA EXCLUSIVA PARA COMEMORAR A DATA

A COLUNA do Presidente – que é na verdade a coluna do Ellite – completou em março dois anos de existência. É com muita satisfação que lembro esta data a todos os nossos leitores. Foram 66 edições até aqui, escritas sempre em parceria com aqueles que acompanham este espaço, seja aqui no site ou na edição especial encaminhada por e-mail aos leitores cadastrados.

Vale lembrar ainda que a COLUNA do Presidente foi a primeira coluna periódica do soçaite brasileiro – e continua sendo a única de um time de pelada. É o Ellite sempre à frente de seu tempo! Este espaço motivou a criação da coluna informativa Mundo Society, do Gustavo Maranhão, que fala do soçaite de forma geral. Coluna de um time amador, como a nossa, só o Ellite tem!

E para comemorar esta data, preparamos uma entrevista especial com um dos destaques da temporada 2009 até o momento, o zagueiro Marcio PCC. Leiam a íntegra a seguir. Boa leitura e parabéns a todos nós do Ellite.

1. No final do ano passado, você já estava virando alvo de chacota devido ao seu precário estado físico. Não aguentava jogar nem 10 minutos e já botava a mão no joelho. Esse ano, para a surpresa geral, você tem jogado os 80 minutos esbanjando disposição e, até aqui, é o destaque do time. Como você explica essa mudança tão rápida?

Primeiramente, muito obrigado pela indicação momentânea de destaque do time. Voltando a pergunta, realmente ano passado meu preparo físico estava pífio. Dez minutos eram suficientes para eu pedir para sair. Ficou marcado na minha cabeça o nosso último jogo em que o "time do Ph" foi derrotado pelo "time do Chaves" e eu não conseguia dar 3 passos para frente que já estava cansado. Para piorar recebi o apelido de Marcio "mão no joelho". Fiquei envergonhado e, por ter orgulho próprio, coloquei na cabeça que assim não tem graça jogar com o Ellite.

No futebol atual, preparo físico é mais de 50% para se ter uma boa atuação. Com o mesmo em dia, você fica seguro para arriscar um drible, um chute ou um lançamento. Acontece que para toda mudança, existe um sacrifício. Resolvi então que nas últimas férias iria fazer algo muito difícil para mim: fechar a boca e começar a malhar.

2. Você imaginava que essa mudança se daria de forma tão rápida?

Achei que demoraria mais. Mas, rapidamente perdi alguns quilos, recuperei algumas calças e bermudas e, melhor que isso, recuperei o fôlego. Como você mesmo disse, joguei 80 minutos sem pedir para sair. Gostei do resultado e aconselho a todos que estão mais gordinhos e cansados a dedicar uma hora do dia para cuidar da saúde e do preparo.

NOTA DO COLUNISTA: Abre o olho, Vilano...

3. Pelas suas atuações, já pensa em disputar o prêmio de Destaque da temporada?

Com certeza gostaria de ganhar o prêmio. Aliás, quem não gostaria? Acho que todos jogam pensando em ter o seu nome chamado no churrasco de final de ano. Eu tô tentando, como sempre tentei, fazer o meu melhor dentro de campo. Com essa melhora de condicionamento, acho que tenho condições de brigar.

Só lamento estar no último período da faculdade e estou sobrecarregado de matérias e do projeto final. Vou ter que parar de me dedicar tanto à academia e consequentemente meu rendimento deve cair um pouco. Mas prometo compensar com muita raça e vontade em campo.

4. Você começou no Ellite quebrando um galho no gol. Depois foi jogar no ataque e acabou se firmando na zaga. Acha que realmente encontrou a sua posição?

Com certeza. Eu gosto muito de fazer gol, sempre gostei. Mas com a concorrência de 2 atacantes matadores de mão cheia (Chaves e Ph), além do Bruno que sempre deixa o dele, achei melhor não arriscar. Como a posição estava momentaneamente sem dono, resolvi me dedicar, e acho que não estou deixando a desejar.

NOTA DO COLUNISTA: Obrigado pela referência.

5. Você está ocupando o lugar que já foi do seu xará Marcio (um monstro na zaga) e do Paulão (outro cracaço). Não teme a responsabilidade de substituir nomes tão importantes na história do Ellite?

Se um dia eu chegar a 80% do que os dois jogam, já estarei muito feliz. Espero até me igualar a eles. Preciso de treino e dedicação. Mas não tenho medo da responsabilidade não. Não sou de pipocar. Respeito a história dos dois, mas eles não estão no elenco atual (o Marcio faz parte do plantel, mas não tem comparecido aos jogos pois mora em SP por uma temporada) e se me deixaram chegar, agora vão ter que me aguentar. Pretendo defender as cores do Ellite até não ter mais pernas. E deixo um recado para quem se candidatar a roubar minha vaga: vai ter que suar muito!

6. Uma fonte da COLUNA me confidenciou que você não pode ver um jogador profissional na rua que logo vai tieta-lo. Se avistar, por exemplo, o Josiel no restaurante é capaz de sentar ao lado do jogador e não parar de falar. Como é essa sua relação com os jogadores profissionais? Você é tipo uma "maria-chuteira"?

É verdade. Sou um boleiro de mão cheia. Não sou de pedir autógrafo, nem de tirar fotos, mas tenho muita curiosidade em saber como funcionam as coisas nesse meio. Sou viciado em futebol. Por exemplo, domingo, se me deixarem, jogo uma pelada de manhã, assisto a Barreira x Entrerriense e depois a Santo André x Dom Pedro pela taça de futebol Junior; a tarde vejo o jogo do Flamengo (claro!) e a noite ainda jogo um gol a gol.

Graças a isso, gosto de saber como os jogadores vivem. Quem é gente boa, quem é mala, o que eles comem, como é a relação com a torcida, o que eles sentem ao ver um Maracanã lotado etc. Então sempre que vejo um jogador, tenho que perguntar algo. Já até tomei uns foras, outros são mais atenciosos. É mais forte que eu... Talvez seja um lado frustrado de todo menino que quis ser jogador.

7. Aproveitando o gancho, o meio-campo do Ellite Juninho é realmente o seu ídolo no futebol? Como é essa sua idolatria ao camisa 17? Você tem alguma camisa autografada por ele?

Sem dúvida. Cresci vendo o Juninho jogar. Desde quando eu era da categoria "Fraldinha" e ele da "Mirim" aqui no prédio (PCC), e tínhamos aulas de futebol. A minha aula era de 18:00 às 19:00 e, quando começava a aula dele, de 19:00 às 20:00, ficava sentado do lado de fora observando-o jogar. Depois, quando mudei de categoria e cresci mais um pouco, de tal forma que pudéssemos jogar na mesma categoria, ele era sempre a minha primeira opção no par ou ímpar. Quando eu não caia no time dele, arrumava um jeito de melar a pelada... Para mim ele é um jogador que falta no mercado. Um camisa 7 clássico, habilidoso, objetivo. Um craque! Acho que ele tem vaga em muitas times de ponta por esse mundo afora. No dia em que o Ellite tiver muitos uniformes, pedirei para ele um autógrafo em uma das camisas.

NOTA DO COLUNISTA: Marcio, o Ellite já tem muitos uniformes (são 3 em atividade e 2 já aposentados) e, com todo respeito e admiração ao Juninho, você não vai rabiscar nenhum uniforme do Ellite não! Eu ein!

8. Você talvez seja hoje o nosso maior coringa. Além da zaga, pode jogar também nas laterais, no ataque e, se for preciso, até no gol (posição que atua muito bem por sinal). Em caso de falta do goleiro Renato, você continua a disposição para ajudar o Ellite embaixo das metas? Você já agarrou várias partidas pelo Ellite. Como se sente com a camisa número 1?

Meu lema é: não importa a posição, o importante é estar em campo.
Prefiro estar na linha, pois goleiro é posição de maluco. Mas com certeza no dia em que o Renato faltar e o jogo não estiver morto pode me chamar de "Clemer", que vou colocar a camisa número 1 e fazer o possível para não tomar gol.

9. Quais são seus planos no Ellite para a temporada 2009?

Gostaria de manter um padrão de atuações. Manter uma regularidade. Não preciso brilhar em todos os jogos, mas também não quero ter atuações fracas. Além disso, espero não cair de rendimento com esse problema acadêmico que vou passar. Se eu ficar entre os 3 primeiros vou estar muito feliz. E essa é a minha meta. Agora, esquecendo o eu e pensando no Ellite, espero ver um time unido, sem brigas e, claro, jogando muita bola para passar o rodo em qualquer time que pise no Aterro para nos desafiar.

BRUNO X BRUNO: QUAL DOS DOIS É PIOR?

O nosso lateral Guedão (que se chama Bruno, apesar de muita gente não saber) encontrou enfim um concorrente à altura. É o seu xará Bruno, atacante do Ellite. O artilheiro mostrou ser mais desligado e relaxado que o nosso bravo webmaster. Senão vejamos:

Estava em casa na última quinta-feira (dia seguinte ao jogo do Ellite contra o Icatu), às 21h30min, quando toca o meu telefone. Vi que era o Bruno e atendi. O diálogo que se segue é a transcrição fiel do que aconteceu.

BRUNO – Oi, Ph. Estou ligando para desejar boa sorte ao Ellite.
PH – Boa sorte por que, Bruno?
BRUNO – Boa sorte no jogo de logo mais... (detalhe: já eram 21h.30min.)
PH – Bruno, você está usando drogas?
BRUNO – Eu não, por quê?
PH – Por que hoje é quinta-feira. O jogo foi ontem e a resenha já está inclusive no site! Além do mais são 21h.30min. e, mesmo se fosse quarta-feira, o jogo já estaria começando...
BRUNO – Ih... é mesmo... pensei que hoje fosse quarta.

Essa o Guedão nunca aprontou. Eu juro!

PARABÉNS AO AJAX DO ATERRO: 21 ANOS DE HISTÓRIA

O Ajax do Aterro, um dos mais tradicionais times do soçaite carioca, completou 21 anos no último dia primeiro de março. Parabéns especial ao Victor, fundador e presidente eterno do time. E também ao Alex, que vem tocando muito bem o time nos últimos anos.

Para quem não sabe, o Ellite nasceu motivado pelo Ajax. Até o ano da fundação do Ellite, em 1998, Ph, Chaves e Guil defendiam as cores do Ajax. Guil e Ph passaram a se dedicar exclusivamente ao Ellite, mas Chaves continuou atuando em ambos os times.

No final do ano, Victor promete uma festa inesquecível para o time. Guedão está preparando um documentário nos mesmos moldes de "Uma história de amigos", do Ellite. Vida longa ao Ajax, que é – que eu saiba – o terceiro time mais antigo em atividade no soçaite carioca, atrás apenas do ARK (37 anos) e do Iate (35 anos), e seguido de perto pelo Azulino (que completa 20 anos nesta temporada).

Em minha opinião, no soçaite amador, mais valem os anos em atividade do que os títulos conquistados. Parabéns, AJAX!

VOCÊ SABIA?

A COLUNA lança nesta edição uma seção diferente, que de vez em quando vai aparecer por aqui. São curiosidades e lembranças que muitos não tem nem ideia. Por exemplo, você sabia:

• Que nos 302 jogos da história do Ellite, o time já enfrentou 164 adversários diferentes?

• Que, além dos jogadores e ex-jogadores, 87 convidados diferentes já vestiram a camisa do Ellite em pelo menos um jogo nesses mais de 10 anos?

Entre eles, figuras que ficaram marcadas na história do time – mesmo a maioria tendo jogado apenas uma vez. Vocês se lembram de:

• Adriano Invisível (o goleiro que ninguém enxergava a noite);
• Gepeto (o goleirinho reserva do Nova América que o Seu Ademir empurrava pra gente);
• Jairo (que foi barrado no Ellite e, depois, contratado pelo Botafogo);
• Edmílson (o velhinho que foi nosso juiz por muito tempo e um dia entrou no lateral esquerda e deu um show de disposição);
• Sardinha (figura simpática toda vida, sem dentes, que jogava descalço e tinha várias cicatrizes na barriga por causa de uns tiros que levou de um marido traído);
• Mecenas (que não sabe nem correr direito mas defendeu o Ellite e, agora, acreditem, faz Seminário com o Vilano pra virar Pastor);
• Rodriguinho (um garoto de uns 13 anos que estava no Aterro, entrou pra completar o nosso time e deu um show de bola);
• Peri (o dono do Ouro Negro do Aterro, que dispensa apresentações de tão figura que é); e
• Fabinho (que fomos buscar dentro de um casebre em Marechal Hermes para completar o time num jogo em Campo Grande. Chegamos lá, batemos na porta e saiu um neguinho com uma chuteira na mão).

Certamente tem outras figuras igualmente engraçadas, mas estas foram as que eu lembrei de cabeça...

ERRATA: Na ultima resenha, do jogo contra o Icatu, disse que Cebola era o segundo jogador convidado com mais participações pelo time (8 vezes). Enganei-me. O segundo lugar é do Rafinha, que jogou 9 vezes conosco. Daniel Bode ainda é o primeiro da lista, com 13 partidas.

Tudo isso está tudo no site, graças ao trabalho fantástico do nosso amigo Guedão. E como a COLUNA assopra pra depois morder... lá vai: ô Guedão, faz aquelas correções que te pedi no site! Tá valorizando muito!

RAPIDINHAS

Maurício pediu para adiantar a data do jogo contra o Olímpico. Agora é dia 13 de maio. Vamos ser se dessa vez ele não vai desmarcar...

Por falar em Maurício, a COLUNA continua aguardando o vídeo de Odraude dançando no meio da rua. Quem já viu, garante: é imperdível.

Depois do problema que teve nas costas, Guil agora apareceu com uma indisposição estomacal e jogou apenas 5 minutos contra o Icatu. Tá feia a coisa, meu lateral...

Gustavo Maranhão, do Mundo Society, não acreditava nas histórias do Peladão da Madrugada. Ele achava que o rapaz era folclore... até ver a foto do maluco na última edição da COLUNA (exclusiva da edição especial enviada por e-mail). Pois é, Gustavo, ele existe... eheheh

Maurício promete: o Peladão vai liberar mais fotos pra COLUNA. Aguardem!

Sem falsa modéstia: o meu gol contra o Icatu (o primeiro do jogo) foi uma pintura. Lamento que Juninho, Guedão, Vilano, Felipe e Bruno não puderam vê-lo. Até o Chaves elogiou muito – pra vocês terem ideia da grandiosidade do fato.
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